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Brasil

Edição 135 > Maranhão é palco de comemoração nacional dos 93 anos do PCdoB

Maranhão é palco de comemoração nacional dos 93 anos do PCdoB

Cezar Xavier
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Com uma concorrida sessão solene, a Assembleia Legislativa do Maranhão comemorou, na manhã do último dia 23 de março, os 93 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922. A solenidade teve caráter nacional e contou com a presença do governador Flávio Dino (PCdoB)

Proposta pelo deputado Othelino Neto (PCdoB), a abertura da sessão solene, realizada no Plenário Deputado Nagib Haickel, foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), que fez saudação a todos os presentes, dentre os quais o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Wadson Ribeiro (PCdoB-MG), a presidente da União Nacional dos Estudantes, Vick Barros, e o prefeito de Contagem (MG), Carlim Moura, dentre outros convidados especiais.

Realizado com o Plenário completamente lotado, o evento contou também com a presença do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), do senador Roberto Rocha (PSB), e dos deputados federais do Maranhão Rubens Júnior (PCdoB), Weverton Rocha (PDT) e Waldir Maranhão (PP), vice-presidente da Câmara dos Deputados.

O deputado Othelino Neto disse que tomou a iniciativa de propor a realização da sessão solene, em São Luís, pelo fato histórico de o primeiro governador do PCdoB ter sido eleito no Maranhão. -O PCdoB é um partido de lutas históricas, sempre ligadas às boas causas do Brasil e do mundo, daí a importância de se celebrar esta data no Maranhão, em homenagem à democracia e à liberdade em nosso País-, declarou.

Enquanto aproxima-se de um século de existência no Brasil, data celebrada em 25 de março, o ato nacional ressalta o simbolismo pelos 30 anos de legalidade ininterrupta, desde a redemocratização do país em 1985, com protagonismo dos comunistas nesta trajetória. Biografias dos -guerreiros- brasileiros que fizeram parte da história do PCdoB ao longo destes 93 anos e da bravura e honra dos que lutaram pela legalidade do partido foram lembradas por todos.

Em defesa da democracia e da liberdade

Em seu discurso (veja a íntegra nas páginas 47 a 49), o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, fez um relato de lances marcantes da história do PCdoB e acentuou a importância de Flávio Dino ter sido eleito governador pelo povo maranhense. -Foi além do Maranhão esta vitória-, ressaltou ele.

-O PCdoB esteve sempre em posição central de acirradas lutas políticas em defesa da soberania nacional, da democracia e da justiça social-, destacou Rabelo. Conforme afirmou, nestes 30 anos de legalidade, o PCdoB ocupou o -posto de combate empunhando bandeiras avançadas na busca e realização do novo Projeto de Desenvolvimento Nacional, caminho indicado pelo nosso Programa para o avanço civilizacional em nosso país, no rumo da edificação de uma sociedade socialista-, apontou.

O dirigente nacional lembrou ainda dos militantes que lutaram contra a opressão dos governos ditatoriais no Brasil, onde comunistas foram presos, torturados e assassinados por terem lutado bravamente pela reconquista das liberdades políticas e dos direitos do povo.

Em breve passagem, Renato fez menção ao momento atual e ressaltou a nítida compreensão dos comunistas dos fatos do passado e de que é preciso neste momento -unir forças e mobilizar o povo na luta durante a qual muitos pagaram com sua própria vida, para termos hoje um país livre com a conquista da democracia-. -Nesta hora, o Partido converge sua atenção política no sentido da defesa da democracia, que se concretiza na defesa do legítimo mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff. Assim, o PCdoB propõe, diante da ofensiva golpista e reacionária, liderada pelo consórcio oposicionista, a constituição de uma frente ampla com todas as forças possíveis do campo democrático e patriótico, interessadas em assegurar a democracia, a defesa da economia nacional e a retomada do crescimento-.

Renato agradeceu pela presença das lideranças presentes no ato e parabenizou oficialmente a conquista pelos comunistas maranhenses do governo do estado: -Essa expressiva vitória alcançada, tendo o camarada Flávio Dino à frente de ampla aliança política, teve repercussão na opinião pública em geral, em especial nas forças progressistas e democráticas do país. Essa experiência tem decisiva importância para o PCdoB pelo compromisso assumido de promover o desenvolvimento do Maranhão com justiça social, como parte integrante do novo projeto nacional de desenvolvimento-, destacou o presidente nacional.

No mesmo tom, a deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara Federal, frisou em seu pronunciamento que a eleição de Flávio Dino para o governo do estado -foi uma vitória do Maranhão e foi, também, uma vitória do Brasil-.

Ao proferir o discurso de encerramento da solenidade, o governador Flávio Dino fez referência a diversos episódios que marcaram a história do PCdoB e frisou que a mudança ocorrida no Maranhão não terá retrocesso. -A vitória eleitoral de 5 de outubro passado foi só um passo. Agora, estamos diante do maior desafio das nossas vidas. Estamos diante, acima de tudo, do maior desafio da História do nosso estado-.

O governador comemorou a fase mais longa da legalidade do Partido Comunista e citou os principais momentos de bravura das lideranças que viveram -perseguições, pressões e injustiças- nestes 93 anos de história. O governador citou ainda, desde 1922 aos dias atuais, fatos históricos que honram o nome de guerreiros e heróis comunistas, como exemplos para serem seguidos pelas atuais gerações.

Como comunista, Flávio Dino destacou os eventos que tantos outros lutadores sociais protagonizaram na história do país, antes desta geração, como Prestes e sua Coluna, os que fizeram a Semana de Arte Moderna em 1922, os que participaram da Revolução de 1930, os que compuseram a ANL, os que foram daqui do Brasil combater na Segunda Guerra Mundial na Europa, a bancada comunista eleita em 1946 e cassada em 1947, os que lutaram pelo -Petróleo é Nosso-, os trabalhistas que lutaram pela manutenção do mandato de Getúlio Vargas em 1954, o esforço da era JK pelo desenvolvimentismo do Brasil, a luta pelas reformas de base, principalmente a agrária, durante o governo João Goulart, nos anos 1960, aqueles que criaram o CPC da UNE, Ferreira Goulart à frente. Ao mencionar os que resistiram ao golpe militar de 1964 e o combateram, inclusive, pela coragem da luta armada, -porque cumpriram o seu dever-, o governador lembrou -os heróis da Guerrilha do Araguaia, que atuaram aqui no Maranhão, na região tocantina - Porto Franco, Imperatriz, entre outros municípios daquela região de nosso estado-.

-O PCdoB lutou, durante os anos 70, pela criação de uma frente política democrática para acabar a ditadura, ao lado de Ulysses Guimarães, na luta pela anistia, pelas diretas já. Temos muito orgulho da história do PCdoB-, diz ele, ressaltando que toda vez que os comunistas podem atuar livremente, o país avança; mas toda vez que a atuação dos comunistas é cerceada, o país retrocede, revelando a importância da democracia para o povo.

No Maranhão, Flávio Dino avalia que, além de participar do governo e do parlamento, o PCdoB não se descuida de estar inserido na luta dos movimentos sociais, da juventude, sindical, da luta de ideias. A luta de ideias traz luzes quando se está diante da crise, como ocorre na atualidade com o avanço do golpismo da direita. Isso revela uma dimensão concreta no Maranhão, de acordo com ele, quando o mais importante é governar bem e melhorar a vida do povo. Para o governador comunista um princípio inegociável de seu governo é a mudança. -Aos que dizem que nada vai mudar no Maranhão, digo que não haverá retrocesso! Não mais haverá oligarquia. Falamos isso com ternura, com sorriso nos lábios. O nosso partido, o PCdoB, não tem sectarismo; é um partido de braços abertos, que respeita a oposição; mas não abre mão de princípios: governar para os mais pobres, dizendo aos que não têm esperança, que o governo trabalha, ouve, dialoga... Um governo de participação popular-, enfatizou.

Flávio Dino citou as realizações deste governo recente ao lançar um conjunto de medidas que garantem a transparência na gestão pública do estado, como o Portal da Transparência. Outros princípios que movem a governança no Maranhão, conforme apontou ele, são a honestidade e o respeito ao dinheiro público, com imediata apuração de ilegalidades pela justiça e máxima eficiência, com trabalho contínuo. -A população tem pressa, o governo tem sentido de urgência. Lutamos para que as mudanças aconteçam agora-.

Flávio Dino contou que cogitou-se, entre as forças políticas que o apoiavam, que ele deveria filiar-se a um partido maior para disputar a eleição. Segundo ele, Renato Rabelo foi decisivo para uma candidatura orgulhosa de ser comunista, ao explicar a necessidade de -enxergar a política com um olhar em águas profundas, na profundidade da política-. -Sair do partido para ser candidato por outro seria renunciar a mim mesmo. É o melhor partido para fazer o debate com o anticomunismo, o anticomunismo mais estreito. Ajudamos o Brasil a dar um passo adiante, com um governo do Partido Comunista e com quatro deputados estaduais e um deputado federal-, comemorou.

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