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Resenhas

Edição 129 > Não passarás o Jordão: tortura, terror e morte na ditadura militar brasileira

Não passarás o Jordão: tortura, terror e morte na ditadura militar brasileira

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Págs: 224
ISBN: 9788581302072
Autor: Luiz Fernando Emediato
Geração Editorial
Onde comprar: www.anitagaribaldi.com.br

Não passarás o Jordão

Um retrato comovente, doloroso e trágico da repressão e da tortura na ditadura militar brasileira, em histórias publicadas pela primeira vez há 35 anos e resgatadas agora para as novas gerações.

"A pior parte é esperar por tortura. As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim. Fiquei presa três anos. O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. O Brasil merece a verdade. As novas gerações merecem a verdade. Sobretudo, merecem a verdade aqueles que perderam amigos, parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo sempre a cada dia." - Dilma Rousseff

Luiz Fernando Emediato tinha apenas 25 anos quando escreveu a novela Não passarás o Jordão, que acompanhava o sofrimento de uma jovem militante de esquerda presa e torturada. A novela misturava personagens reais e fictícios, entre eles o jornalista Vladimir Herzog, preso e assassinado nas dependências de um aparelho civil e militar em São Paulo.

O autor consegue transformar todas as cenas daquela época numa configuração imaginária que capta todas as virtualidades da evolução da conjuntura. O ritmo da narrativa é amplamente trepidante: acontecimentos, revoltas, golpes, mortes, traições.

Não foram esses justamente os elementos da trama inesperadamente construída- Funcionam como apontamentos premonitórios do agravamento da tragédia ainda por vir, quando os próprios agentes não tinham ainda a plena consciência do conjunto dos caminhos sendo forjados por suas ações individuais.

O imaginário retorna ao concreto da ação dos heróis jovens. Pouca ficção do período captou tão bem o peso do tempo na evolução da realidade. Em nenhum momento se perde a consciência das oportunidades que se esvaem, dos momentos perdidos que demarcaram a existência e a ação nos anos setenta o Brasil.

Não estamos apenas diante da reconstrução do real histórico na ficção, mas da fina percepção das angústias, dos desejos ocultos e reprimidos, dos gestos apenas anunciados. Esta dimensão da análise das sensações dos atores do momento, sejam as vítimas, sejam os opressores, ajuda a situar o relato numa escala multiforme em que contam contexto, sujeito, ação.

Emediato relata que não tinha noção do perigo e nunca passou mais de uma noite numa cela policial, não sofrendo, por sorte, a tortura em si, apesar do terror das ameaças. Todavia, conta o quão terrível foi ver cartazes de -Procurado- de pessoas amigas, do mesmo grupo em que convivia, como Galeno e Dilma, e de colegas da faculdade e da fábrica. Anos depois soube da prisão, tortura e morte, alguns por fuzilamento, de muitos.

Meio século depois do golpe e de tantos anos depois da luta que se entregaram de peito aberto a uma guerra sem trégua, Emediato diz: "Creio que as novas gerações precisam saber como aquilo aconteceu e como devemos lutar, agora que vivemos numa quase democracia, para que não aconteça jamais"

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