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Resenhas

Edição 127 > A grande crise capitalista Global 2007-2013: gênese, conexões e tendências

A grande crise capitalista Global 2007-2013: gênese, conexões e tendências

Luiz Gonzaga Belluzzo*
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ISBN: 978-85-7277-142-9

Páginas: 456
Editora: Anita Garibaldi
Ano: 2013
ISBN: 978-85-7277-142-9
Organizadores: Aloísio Sérgio Barroso e Renildo Souza

A grande crise capitalista Global 2007-2013: gênese, conexões e tendências

Escolhido para escrever o prefácio do livro A Grande Crise, organizado por Aloísio Barroso e Renildo Souza, deparei-me com uma rica coletânea de textos de excelente qualidade. Leitor obsessivo dos livros sobre a crise, garanto ao leitor que o livro A Grande Crise se inscreve no rol das mais instigantes e abrangentes contribuições à vasta literatura internacional sobre o tema. A diversidade de abordagens não esconde sua origem comum: a Crítica da Economia Política, cuja atualidade é reconhecida inclusive por muitos de seus adversários.

Não vou entediar o leitor com a reprodução dos argumentos que sustentam brilhantemente a interpretação marxista da Grande Crise. Mas imagino ser conveniente tocar em alguns pontos que considero importantes. Primeiro, a -financeirização-. Comprada pelo valor de face, a expressão -financeirização- obscurece a compreensão das leis de movimento do sistema econômico e social que hoje estrebucha sob o olhar desconfiado dos que promoveram sua derrocada. Assim, quase sempre são obscurecidas as conexões entre os desenvolvimentos da finança contemporânea e a globalização do capital produtivo. As relações entre esses fenômenos determinaram a rápida acumulação de riqueza produtiva nos emergentes asiáticos e a farra financeira nos submergentes do primeiro Mundo. Nos rincões do Primeiro mundo, esse -arranjo- engendrou a criação de empregos de baixa qualidade, a queda dos rendimentos da massa assalariada e o avanço assustador da desigualdade. Por isso, não faltou à festança a deterioração persistente da receita pública, matriz dos déficits fiscais produzidos por regimes tributários cada vez mais regressivos. Com tais ingredientes, o receituário dito neoliberal preparou a gororoba do -excesso- de endividamento público e privado.

É tolice, senão esperteza, buscar os -culpados- pelo desfecho desastroso das políticas adotadas a partir da -estagflação- dos anos 70 do século passado. Os slogans que proclamavam -mais mercado e menos Estado- não são menos ridículos do que a aceitação dessa falsa dicotomia por quem deveriam criticá-la.

O jogo entre o Estado e os mercados não pode ser tratado sem a avaliação cuidadosa da correlação de forças entre as classes sociais, ou seja, não é possível ignorar o -momento- da luta de classes na determinação das normas de apropriação da riqueza e da renda entre os protagonistas do processo de criação de valor. No capitalismo realmente existente, não há -espontaneidade- ou -naturalidade- nas normas que regem a acumulação de riqueza monetária abstrata mediante o intercâmbio de valores. O desenvolvimento da crise nos últimos anos revela que o manejo dos instrumentos de -intervenção- do Estado estão cada vez mais submetidos à preservação do poder privado de acumular riqueza social.

 

* resumo do prefácio do livro

 

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