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Resenhas

Edição 127 > Ho Chi Minh

Ho Chi Minh

Aloísio Sérgio Barroso
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Editora: PUBLISHER
Páginas: 264
I.S.B.N.: 9788585938741
Ano: 2012
Autor: João de Mendonça Lima Neto 

O lendário Ho Chi Minh

A convulsionada, épica e bela história do Vietnã é uma moldura -a mármore-, onde a vida de Ho Chi Minh é esculpida pelo diplomata João de Mendonça Lima Neto. Ho Chi Minh, publicado em 2012 (Publisher, 263 páginas) preenche a enorme lacuna biográfica sobre um excepcional líder revolucionário do século XX. De fato, apenas a famosa pesquisa da vida política do vietnamita, de Jean Lacoutre (Nova Fronteira, 1977) teve ampla divulgação e repercussão internacional.

Sempre entranhado na história de seu país, o lendário tio Ho aparece límpido na obra de Lima Neto, aliás, livro lavrado numa escolha metodológica bastante incomum: a narrativa toda é mesclada por opiniões claras do autor, como se estivesse a arriscar um julgamento posicionado.

Assim, aprende-se nela que a estrutura dinástica dos governos vietnamitas, ainda na passagem ao século XIX, baseava-se inteiramente no mandarinato chinês. Que a dominação colonial francesa iniciou-se em 1858 e só foi encerrada em 1954, com a expulsão definitiva da corja. Pouco antes (1945), Ho havia liderado a independência da primeira colônia francesa - e europeia.

Noutra ponta, Lima Neto reafirma os crimes dos EUA ao terem usado largamente, no Vietnã, o -agente laranja- (desfolhante carcinógeno) entre 1966 e 1972, durante a guerra revolucionária da reunificação do país. O imperialismo norte-americano empregou 15.500.000 toneladas de bombas e munição sobre a Indochina, 12.000.000 sobre o Vietnã (o equivalente a 640 bombas atômicas usadas em Hiroshima!); onze a doze milhões de galões de -agente laranja-, de acordo com pesquisa para o Congresso dos EUA. Foram 1.921.000 vietnamitas mortos versus 58.151 norte-americanos e 5.000 aliados; 14.305.000 refugiados, 10.472.000 sul-vietnamitas, 3.083.000 no Camboja e 750.000 no Laos.

Ho Chi Minh viveu 79 anos, sendo 70 deles de -aventuras, privações e guerras-, diz Lima Neto. Ao deixar o Vietnã (1911), percorre em três décadas Oriente Médio, África, Europa, América do Sul (passou pelo Rio de Janeiro) e América do Norte. Autodidata, aprendeu francês, inglês, chinês e russo, além de alguma coisa de alemão e italiano. Fascinou-se pelas teorias de Lênin; trabalhou com inúmeros dirigentes do Comitern (Dimitrov, Bukharin, Manuilsky, entre outros); encontrou-se com Stálin, Kruschev, Zhou Enlai, cruzou com Chiang Kaisheck inclusive na academia militar de Whamphoa (China); esteve várias vezes com Mao Tse-tung, nos últimos anos de sua vida.

Ho Chi Minh passava horas buscando as palavras corretas a utilizar, mormente endereçadas a um país repleto de massas camponesas embrutecidas; daí a sabedoria duma linguagem de fácil compreensão. Confúcio o influenciara.

-A conclusão a que chegamos- - escreve Lima Neto - -é de que Ho Chi Minh foi capaz de fazer uma grande síntese-, destrinchando o pensamento de Lênin e da esquerda europeia, -para reuni-lo no âmago das tradições vietnamitas-, pois somente assim poderia ser compreendido por seus compatriotas.

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